Publicado em 27 de janeiro de 2022
Ao contrário do que muitos ainda pensam, as câmeras de monitoramento em condomínios e espaços públicos não funcionam exatamente como um Big Brother, com operadores de olho na tela 24 horas por dia. E, por ainda não conhecerem e não estarem acostumados, brasileiros acabam sofrem e perdendo a paciência com as portarias eletrônicas e não usufruem dos benefícios que as novas tecnologias oferecem.
“Quando os brasileiros estiverem mais abertos e mais dispostos a aprender sobre o uso destas tecnologias, todos estaremos mais seguros. Apesar da resistência, a portaria remota e os acessos por reconhecimento facial vieram para ficar, porque são altamente eficazes”, diz Rafael Daoud, diretor da Alarm Wolx, empresa de portaria remota que atende a condomínios residenciais em São Paulo.
Segundo Rafael, é importante quebrar alguns paradigmas para facilitar o entendimento e a adesão das pessoas, como, por exemplo, o mito e a crença de que estamos sendo vigiados e perdemos nossa liberdade. “Isso não é real”, afirma.
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“Se por um lado é verdade que as câmeras de monitoramento coletam imagens o tempo todo, por outro não existe uma pessoa na central olhando tudo o que está acontecendo minuto a minuto”, esclarece o especialista.
“Estes sistemas funcionam por inteligência de vídeo, com alarme interligado. Se um portão ficou aberto, o evento vai para central de monitoramento 24h que manda o comando para fechar e, se for preciso, aciona o departamento técnico”, explica.
Uma das maiores reclamações sobre estas novas tecnologias é a demora que pode haver no acesso a um condomínio que está sendo bem protegido por um sistema de portaria remota.
“Se hoje algumas portarias acumulam filas de carros na entrada é porque os visitantes ficam irritados por terem de informar documentos e fazer o escaneamento por reconhecimento facial”, enfatiza Daoud.
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Isso acontece, principalmente, porque as pessoas ainda não entenderam como funciona o sistema. “O cadastramento prévio por parte do morador pode ser feito pelo app ou mesmo pelo interfone. Fazendo isso, a entrada fica mais ágil. Outro ponto importante é que o morador pode enviar uma chave virtual pelo App para visita entrar no prédio” explica. Se todo mundo estiver ciente de que fornecer seus dados é uma tarefa importante para a segurança de todos, vamos aproveitar melhor deste recurso.
Embora ainda haja resistência em aprender a usar novas tecnologias, uma pesquisa recente realizada pela plataforma SíndicoNet mostrou que o uso de portaria remota só tem aumentado de 2018 para cá. Além da segurança, o sistema de portaria remota é uma solução tecnológica que pode reduzir em até 70% os gastos com a portaria.
Câmeras de resolução HD, ou alta definição, e microfones com capacidade para captar todo o áudio do local garantem que o sistema de Portaria Remota seja operado com eficiência, à distância e de forma 100% digital.
“É uma ação conjunta, quando implantamos o sistema surgem diversas dúvidas, então o importante é saná-las com os moradores. Fazemos diversos testes e quantas visitas forem necessárias. O importante é manter a segurança, a rapidez e, ao mesmo tempo, o conforto dos condôminos” completa Rafael Daoud.
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Esta modificação vem acompanhada de uma mudança de cultura e adaptação ao mundo digital. “Quando o 4G surgiu, mudaram os sistemas de entrega e de transporte como o Uber, por exemplo. No começa, as pessoas resistiam, mas hoje a maioria está acostumada. Com o 5G funcionando de fato, vão surgir ainda outras tecnologias A portaria remota é assim: ela é tendência, já vem sendo adotada em muitos lugares e vamos nos acostumar”, acrescenta o diretor da Alarm Wolx.
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